Passeio de CHALANA pelo Rio João de Tiba em Santa Cruz Cabrália.

Se tem um passeio carregado com um mix de: diversão, lazer, descontração, natureza, curiosidades, história, meio ambiente, música, dança, amizade, praia, compras, vilarejo, fotografia e etc... É o passeio de CHALANA! Talvez, por isso, o mais aclamado e dito na lembrança dos turistas, de ter sido o melhor passeio.

Utilizando uma estrutura profissional, com equipamento turístico voltado a dar conforto, segurança e espaço de lazer, faz com que a CHALANA, realmente torne "o dia" dentre os dias que se passa na programação da região da Costa do Descobrimento, como um dos melhores. Acho, que é ali que as pessoas ficam mais próximas e com isso mais dispostas. E se a centelha é acesa pela galera do local, o turista pega fogo e participa da brincadeira. Brincar, acho que é isso!

A condição geográfica do passeio é algo de se destacar, pois, a beleza não foi poupada. Por isso digo: "O mundo sendo feito em sete dias por Deus, ele gastou bem uns cinco dias para fazer a Bahia e esse cantinho dela". Não é a toa que nesse cantinho que o Brasil teve seu nascimento oficializado com a famosa "Missa de Frei Henrique Soares de Coimbra" como aprendemos na infância, na escola. Exatamente na Coroa Vermelha, onde estão os monumentos que aludem esse fato histórico e importantíssimo da nossa história.

Sendo a Coroa Vermelha local de passagem obrigatória para se chegar a Santa Cruz Cabrália de onde sai a CHALANA, pode se incluir esse local como parte do passeio. As praias que se visualiza na coroa vermelha são lindas e dignas de cartão postal e book das agências de turismo - coqueiros, pequenas enseadas com contornos simétricos e o mar com um tom sem igual, verde azulado ou azul esverdeado, lindo.

A própria Baía Cabrália que em seu extenso contorno - é enorme, a terceira do estado em tamanho - passa despercebida da maioria que entra na cidade de Cabrália. Ali, exatamente, onde desembarcou Cabral e seus comandados, entre eles Pero Vaz Caminha que certifica o achamento português dessas Terras de Pindorama, dos Tupiniquins, os habitantes que aqui viviam quando daquele mágico e fatídico momento do encontro, da amistosidade e da marca de um ínicio, o BRASIL. O que se seguiu na história foram outras linhas escritas e, portanto, outros rumos. Enfim!

Entrando em Santa Cruz Cabrália, depara-se com uma cidade vizinha a famosa co-irmã Porto Seguro, de caracterísiticas pitorescas e guardiã de um jeito todo de ser da formação cultural que se deu na região - que se percebe sendo cada vez mais mudada e profundamente alterada pelos ventos da modernidade e busca de riquezas. Um novo tempo?

Com pompa o embarque na Chalana e a saída do passeio para as visitas programadas. O rio João de Tiba se manifesta de acordo com o fenômeno maré, sem obrigação com o tempo. Ora raso demais, ora com maré grande... O que não muda é a pitoresca paisagem formada pelos barcos artesanais dos pescadores, o movimento peculiar do porto de embarque com as pessoas, as casinhas coloridas do casario colonial...

A identidade geográfica existente entre Cabrália e Porto Seguro, rompem a estratégia dos portugueses em ocupar essas terras no século XVI, ela invade um tempo, transcende, é metafísico. Os recifes em barreira, os arrecifes, os manguezais, as plataformas coralíneas, os taludes onde estão as cidades altas, os centros históricos, as casinhas da cidade baixa dispostas geminadas simples, sem casarões ou sobrados e solares, simples. O rio, ah o rio... O João de Tiba, originalmente, sernampetiba, índigena, igual ao Buranhém, de águas cálidas que descem com força na cor marrom, alcatrão, e depois enche, subindo calmamente como se tivesse vindo de algum lugar distante... "o mar?"... elegante, garboso, em tom verde, incrivelmente lutando com as cores, marrom e verde, indescritível, só vendo e presenciando mesmo.

A transição: Cabrália com seu porto, os arrecifes, os manguezais com suas rizophoras vermelhas, ilha Paraíso e coqueiral, o encontro do mangue com a restinga e a mata tropical atlântica envolvendo a pequena Santo André, vilarejo, termina no encontro do rio com o mar, na barra do João de Tiba, lá no fim dos arrecifes... numa esquina atlântica. Ali a praia, a praia de Santo André.

A navegação se dá, e no embalo da animação e da descontração visitamos um restaurante para almoço, sempre caracterizados pela exibição de seu cardápio regional e com um presente da natureza, ou o visual ou ambiente em si, sempre agradável e acolhedor.

A subida de rio desse passeio nos leva pra outro lugar, literalmente, tudo que se vive num trecho do rio ou descendo ou subindo, é específico daquele trecho, e por isso, chamo à atenção para olhar o rio e seu estuário. A paisagem ali preservada pouco mudou desde a chegada dos portugueses em 1.500, é a mesma experiência que o índigena trazia no seu olhar num tempo anterior. E isso se reflete na maneira como a natureza fala, com tenacidade visual, sensorial e apuro do bem-estar, do ar puro.

No mangue tem uma ilha e na ilha tem um mangue e no mangue tem a lama negra que tem a lama do banho de lama, que depende da maré. O mar ali determina se vai haver ou não o banho de lama. Na Ilha do Sol, local de parada das embarcações para visitação, fica a estrutura do S. Vavá e do Dorival, nativos que sempre empreenderam com capacidade no turismo da nossa região e lá na Ilha todo mundo se encontra, quem foi pro mar, quem foi pra praia, que tá de rolê no rio, enfim... na Ilha do Sol, todo mundo tem um cais.

Já no fim da tarde, com sorte, pegando aquele pôr-do-sol, fechamos o passeio de chalana com chave de ouro, a cor do entardecer, numa chegada ao porto de Cabrália em meio a uma paisagem belíssima e de chegada a um porto histórico onde barcões, barcos e barquinhos encontram seu porto seguro.

Um comentário:

  1. Oi td bem..Sou eu America..nossa vcs sabem como ninguem como q eu valorizo muito oq vcs fazem..aliás oq nós fazemos..para atrai turistas para a nossa Cidade..Bjooss adoluu vcs D+

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